Muitas vezes seria bem mais fácil fazer o que ela quer, vê o sorriso no rosto e evitar criar "problemas", mas o problema não seria evitado e sim postergado.
Iasmim na escola sempre foi grande motivo de preocupação pra mim, pois estaria longe da minha orientação, do meu ollhar de reprovação em alguns momentos, o que a faz mudar de conduta. Não aceito mesmo que implique com os coleguinhas, que seja egoísta, que desrespeite as professoras ou quem quer que seja. Não sou daquelas que pra tudo usa a justificativa "ela é criança". Sei que é, mas quero que seja uma criança bem educada, porque isso existe sim.
Moro numa cidade em que se tem a crença que temos que dá o que a criança quer para que ela não fique doente, deixa eu explicar melhor: se por acaso a Iasmim vê alguem tomar sorvete e ficar com vontade, tem que dar, caso contrário, ela pode adoecer. Se ela vê uma criança com um brinquedo tal e ela quiser muito, tenho que comprar, para que ela não adoeça.
Respeito demais toda e qualquer crença popular, mas existe uma diferença gritante entre respeitar e acreditar. Respeito sim, mas não acredito nunquinha. Iasmim sempre viu todas as pessoas tomarem refrigerante, muitas vezes pediu e eu só dei após os 2 anos e meio. Ás vezes passam outras crianças perto delas chupando pirulito e ela olha (obvio) ai os pais da outra criança já falam: "põe um pouco na boca dela, pra ela não adoecer!" Eu não deixo jamais e ela nunca adoeceu por isso! Se ela quiser um brinquedo que eu não puder dar, tenho que matar, roubar ou me endividar? Capaz mesmo! Criança que ouve Não, não adoece. Eu sei o que é o melhor pra ela e ela vai ouvir quantos Nãos que se fizerem necessários.
Abrimos (o pai dela e eu) mão de tudo em prol dela: viagens, passeios, programas a dois, jantares e etc. Iasmim foi um sonho e não um descuido. Saberíamos o que a chegada dela mudaria em nossas vidas e optamos por ela! E valeu a pena, como valeu.
Cuidamos dela todos os dias, todas as noites, em todas as gripes, em todas as febres. Não a entregamos aos cuidados de ninguem, nunca quisemos babás, fomos nós dois, pai e mãe, vivendo intensamente tudo que elas duas palavras (PAI e MÃE) nos impõe!
Mas voltando ao assunto da escola...
Esse ano para mim significa a resposta dos 3 anos anteriores: da criação que eu dei, junto com o José Antonio, à nossa filha. É como se ela tivesse alçando o primeiro voo sozinha e isso me deixou tensa.
Mas para minha grande alegria, o feedback foi positivo. Iasmim nos surpreendeu.
Temos recebido muitos elogios à nossa menina e isso me encanta: da doçura, da calma, da educação, da obediencia... agradeço demais à Deus e à Nossa Senhora que me ajudam nessa sublime missão e conitnuo pedindo sabedoria, discernimento e pridência para que nunca perca o equilibrio e a força de tranformar a minha menininha numa grande mulher!
"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante"
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Tia We Guia Montessori
