sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Minha Anjinha

Antes de mais nada, obrigada pelo carinho e pelas respostas do outro post, meninas.

Adotamos uma nova postura diante as tapas: ao invés de brigar, bater ou por de castigo, fazemos carinho, falamos baixinho e dizemos que não pode fazer aquilo, pois fará dodói e o Papai do Céu fica muito triste.Pois num é que está resolvendo?!
Ela ainda bate, mas diminuiu em 70% e pelo menos eu já sei como lidar com isso.

A outra mania do momento é Xuxa!
Pois é, ela ganhou um DVD da Xuxa e agora passa o dia inteiro me pedindo "Uxa"
E adora mesmo. Bate palmas, tenta repetir as palavras, dança, ri... é a coisa mais linda do mundo!
Ela agora fala "dosi" (número DOIS) e tenta fazer nos dedinhos.
Muito linda!

Gente, outra coisa que eu queria compartilhar com vocês (na verdade, queria falar tantas coisas, mas vamos por etapas rs)
É incrível como tem mães que querem fazer dos filhos mini-gênios!
E sabe o que eu acho disso? RIDÍCULO!
Deixem as crianças serem crianças!
Para tudo se existe um tempo! Isso é bíblico!
Respeitem o tempo e as limitações de cada criança!

Conheço uma mãe de uma criança de dois anos, que ensina inglês à filha, e o pior, cobra que a menina aprenda e fica indignada quando a coitada esquece alguma palavrinha!

Outro caso que me fez refletir bastante:

Como todas sabem, no mês de maio, a Igreja católica comemora o Mês de Maria, mãe de Jesus e nas Igrejas daqui tem uma homenagem à Santa. Meninas fazem a coroação, flores, véu e as mais novinhas, acompanham na procissão dos Anjinhos. Pois bem, estávamos nos preparando pra entrar quando a mãe de outra menininha de quase 2 anos, veio fazer comparações idiotas e ainda pedir pra eu olhar a filha dela entrando e se precisasse, ajudá-la, pois ela n iria está ao lado. E depois ainda comentou que não gostou de terem mudado os hinos, pois os escolhidos dessa semana, a filha dela não sabia dançar!
Gente do céu, pra que esse estrelismo todo?
Por que será que ela acha que se entrar ao lado da filha, transmitindo segurança à criança de menos de dois anos, é feio?
Será que essa mãe não consegue entender que essa homenagem é para Nossa Senhora, e não um palco de apresentação e exibição para os demais membros da Igreja?
Ela sequer parou pra ouvir e meditar nas mensagens dos louvores, o que a importou é que a filha dela não estava dançando para chamar atenção dos outros.

Eu levei Iasmim pra participar também. Sonhei muito com esse dia. Escolhi previamente o modelo do vestido. Mandei fazer, provei, fiz de tudo! Comprei sapatinho branco, lacinho... fiz de tudo! Fiquei super ansiosa! Quando chegou no dia, meu coração ficava disparado só de pensar! Fiquei super emocionada ao arrumá-la, meus olhos se enchiam de lágrimas lembrando quando a minha mãe me arrumava da mesma maneira!
Quando chegamos na Igreja, Iasmim estava super chorona, enjoada, com sono, narizinho escorrendo... Fiquei com ela no colo, acalmei, cantei e intimamente, pedi a Deus pra que no final desse tudo certo, mas, eu tinha plena e total convicção que, mesmo que eu, o pai e o avô (que estavam dentro da Igreja ansiosos) adiássemos o desejo de vê-la entrar, eu respeitaria a vontade e os limites da minha filha. JAMAIS obrigaria ou forçaria uma situação que a deixasse mais nervosa!

Para honra e glória do Senhor, deu tudo certo!
Ela entrou lindamente, segurando a minha mão! E eu, super orgulhosa de está ao lado da minha menina, chorei igual a criança! Fiquei mesmo muito emocionada! Além do que, era dia das Mães, coisa que já abala demais a minha estrutura!

Iasmim se comportou lindamente!
No final, quando bateram muitas palmas, ela se assustou um pouco, resmungou e chamou "Mamãe", na mesma hora, fui lá no altar e peguei a minha filha, em meio ao barulho e aos "fotografas".
Certamente aquela mãe morreria se a filha dela fizesse isso.
Mas eu, não! Fiquei extremamente feliz pela minha ter participado e principalmente, por perceber, que na hora do medo, ela me procura e tudo fica em paz!

Sabe no que eu penso?
Essas crianças vão crescer frustradas, tristes e com uma carga imensa de responsabilidade de ter que corresponder a todas as expectativas dos pais e sem ter direito de opinar sobre o que quer ou não fazer!
Se tornarão crianças inseguras, dependentes, sem opinião própria, amedrontadas...
E não é isso que eu quero pra minha filha!


P.S Não podemos deixar de agradecer à Vovó Maria que fez o vestido da Iasmim com tanto amor e também à Tia Kátia,( https://www.facebook.com/dona.mocinha.9 )  que idealizou essa faixinha simplesmente perfeita!


                                                         A minha anjinha

                                                      Aos Pés da Nossa Senhora

                                                Com o Papai e o Vovô José

                                                                Com todos os anjinhos


                                                      Com a Inseparável amiga Letícia

                                                                  Perfeita!


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Por que o dia só tem 24h?

Por que um dia não tem 48h?
Se assim fosse eu daria conta de tudo que tenho que fazer.
Mas com "apenas" 24h, as coisas ficam por fazer.

Quando Iasmim era recém nascida, eu pensava que quando estivesse na idade que está, seria mais fácil, eu teria mais tempo pra ler, ouvir música, assistir filmes, falar ao telefone e tudo mais.. mero engano. Quanto mais ela cresce, mais complicado vai ficando.
Não consigo fazer absolutamente nada mais. Nem sequer ir ao banheiro sozinha. Agora, necessidades fisiológicas só com ela no colo. 

Jesus Cristo... tem horas que acho que não vou dar conta, juro!

Ela agora engatinha muito rápido, anda se segurando pelas paredes ou em qualquer outra coisa que consiga se apoiar. 
Graças a Deus ela não é de mexer, de pegar as coisas. 
Não precisei tirar nada do lugar: taças, porta retrato, baleiros, vasos, nada! Eu ensinei desde muito pequenininha que ela não pode pegar e pronto.
Acho ridículo mães que adaptam a casa para deixar a criança livre para destruir tudo que estiver ao alcance. 
Lógico que temos que tirar as coisas perigosas, adaptar sim, contra os perigos: ponta de mesa, objetos cortante, porta e tal, mas pra deixar a criança detonar com tudo, simplesmente "porque é pequenininho", não!
Tem que aprender limites desde cedo.

Sempre vi crianças entrar em lojas e arrancar tudo das prateleiras, deixar espalhados pelo chão e a mãe dizer, com a maior cara de paisagem "nossa, que menininha levada" e deixar por isso mesmo. 
Odeio gente sem limites e sem educação.
Aqui em casa a regra é outra.

Mas, ela detesta ficar sozinha. Mesmo que fique brincando no seu quartinho, eu tenho que está ao lado, observando e principalmente, interagindo. 

De uma hora pra outra, ela mudou muito. 
Não falo fisicamente, falo da personalidade mesmo.
Ela tá muito inquieta e birrenta. 

Aprendeu a chorar, gritar e se jogar na cama,e até dá tapas em mim e no pai, quando é contrariada. 
Fiquei desesperada com isso, sem saber como reagir. 
De início, expliquei pra ela que fazia dodói na mamãe e que Papai do Céu ficava muito triste com isso.
Adiantou? Não!
Li muito, fiquei assustada!
Daí a cena se repetiu e sabem o que eu fiz?
Na hora que ela deu uma tapa em mim, eu dei nela também!
Obviamente que sem força alguma, mas nunca tinha feito isso.
Ela chorou muito sentida. Queria me abraçar e eu disse que não, pois estava muito triste com ela.
Santo remédio!
Foi a última vez que ela deu tapinha em mim!
Agora ela já sabe, que isso faz dodói e que a gente fica triste.

Fiquei com o coração na mão. 
Não quero criar batendo não. 
Mas vou ser sincera: não acho que bati, não teve força, não ficaram marcas, não espanquei a minha filha. Apenas repeti o ato dela, pra que ela entendesse que não pode e pronto!

Está num grude comigo, que só por Deus.
Ela nunca foi assim.
Sempre ficava com outras pessoas de boa, sem nenhum problema.
Mas agora, dá escândalo quando fica com a Neia enquanto eu faço almoço ou tento tomar banho.
Não sei o que está acontecendo... Nem o que fazer.
Aceito dicas, hein!

Prometo voltar o quanto antes...
Mas vou dizer a vocês... cuidar é uma delícia, mas EDUCAR não é fácil, não!

Vamos que vamos...
Esperar para vê as cenas dos próximos capítulos!



domingo, 22 de abril de 2012

E começaram as indagações!

Olá, gente..
Até pensei em desistir do bloguinho da Iaia!
Amo isso aqui, mas é que a falta de tempo está imensa...
Porem resolvi continuar sabe por que?
Porque a nossa memória é fraca..
E eu quero poder contar tudo pra Iasmim.. tudo mesmo.. e sempre que puder, estarei aqui postando os detalhes do nosso dia a dia..
E também cogito a possibilidade de Deus me levar, e ela ficar sem ter a quem perguntar as coisinhas dela.. então isso aqui será uma bússola!

Iasmim está extremamente ativa, engraçada, observadora e inquieta!
Essa semana ela não parou por meio minuto sequer.
Graças a Deus ela não é uma bebezinha ruim, ela brinca facilmente com outras crianças, divide seus brinquedos sem dificuldade, não é de morder, beliscar, puxar cabelos, jogar brinquedos.. nada disso!
Mas ela detesta ficar sozinha.
Tem que ter alguém para brincar!
E já que nós duas ficamos sozinhas a grande parte do tempo, eu sou a companheira de brincadeira dela.
Brincamos de tudo. Ela ganhou bastante jogos educativo no aniversário e nos acabamos neles. Ela vibra, bate palma, dá as mais lindas gargalhadas... é uma delícia!
Semana passada dei tintas e uma tela e ela fez a sua primeira obra de arte...
Sou suspeita pra falar, mas ficou lindíssima!

Uma coisa tem me deixado inquieta e eu vou registrar aqui.
Bem pensei que as indagações da Iasmim que me deixariam de cabelo em pé, demorariam.
Imenso engano!
Advinha quem ela tem chamado bastante?
As avós!
Como vocês já sabem, as avós dela estão no céu, mas temos porta retrato com foto das duas em casa, e ela sempre vê, reconhece, manda beijo, ri, fala o nome dela e tudo mais.
Ou seja, ela interage normalmente com as fotos!
Só que, essa semana ela tem insistido bastante no tema: avó!
Ela tem, graças ao meu maravilhoso Deus, os dois avôs, que são super presentes na vida dela. O avô paterno mora a menos de 100 mts, e nós o visitamos todas as noites. Já o materno, ela fala sempre ao telefone, mas também vê fotos e sabe até falar o nome dele "Isso (Wilson)".  Mas isso pra ela não basta. Ela quer as avós!

Fiquei com o coração partido em dez mil pedaços essa semana e vou explicar o porquê!
Lembram da Letícia, amiguinha da Iaia?
Pois é, essa semana fomos à casa dela vê os preparativo do aniversário da Lele e deixá-las brincar por um tempo.
Estavam bem distraídas, com milhões de brinquedos no chão quando a avó da Letícia chegou.
Super feliz, ela foi abraçá-la e falou "Oi, vovó".
Gente, nessa hora Iasmim olhou pra mim, levantou a mãozinha como quem diz "cadê?"o e falou "vovó?" Tipo assim: e cadê a minha vovó?

Meu Deus do céu, eu fiquei branca, meu coração disparou e eu não tinha o que responder à ela!
A minha filha estava me pedindo uma coisa que eu JAMAIS poderei dar: o direito de ter uma avó!
A minha amiga, mãe da letícia, percebeu na hora a maneira que eu fiquei e disse que a Iaia vai ter um monte de avós "postiça".
Entendo... ela quis mudar a situação, não me deixar triste... e agradeço demais por isso, mas, a dor permaneceu no meu coração!

Embora eu nunca tenha passado por isso, sempre achei lindo, avós passeando no shopping com seus netos, tomando sorvete, contando histórias, mimando, ofertando coisas que os pais não gostam... e isso não vai acontecer na minha casa.

Iaiazinha ainda é muito pequena, não vai entender perfeitamente agora. Mas contarei sempre histórias as avós dela, das grandes mulheres que foram, do prazer que teriam em conviver com ela, da maneira que batalharam para chegar onde chegaram e tenho que explicar também que Deus as levou para perto Dele e que um dia nos reencontraremos, mas enquanto isso, meu coração vai doer todas as vezes que ela me perguntar das Avós!

Mesmo sabendo que esse vazio que elas deixaram jamais será preenchido, eu te prometo, minha filha, ser a melhor mãe do mundo e te proporcionar todos os momentos de alegria e descontração que viverias ao lado delas!

"Pedir pra você ir lá em casa, para brincar de vovó com a minha filha no tapete da sala de estar!"


                                                                    Avó Materna - France

                                                             Avó Paterna: Tiana


domingo, 8 de abril de 2012

Mamãe

Nada mais me alegra e emociona nesta vida do que ouvir a palavra MAMÃE pronunciada pela minha filha.

É tão gostoso ouvir aquela voz inocente a te procurar...
Acho perfeito quando, no meio da noite, Iasmim levanta a cabeça e fala: "Mamãe?", eu, em tom suave e acolhedor, respondo: "Estou aqui, filhinha! A Mamãe está ao seu lado!". Imediatamente ela baixa a cabeça e volta a dormir.
Existe algo mais importante que isso? Certamente, não!
Me sinto extremamente responsável também, é claro. Cada dia mais e mais..
Sabe por que?
A pessoinha que eu mais amo no universo confia em mim, precisa de mim, sente-se segura ao meu lado.

Às vezes ela fica com a Néia brincando no quarto, enquanto eu preparo o almoço. Da cozinha, ouço tudo que elas falam. Iasmim brinca, se diverte, dá gargalhadas, mas não fica muito tempo sem me chamar, e mais uma vez, vez a canção que mais gosto de ouvir: "Mamãe?!" ...

Ela não estranha ninguém, vai no colo de todo mundo que a chamar, brinca com todo mundo, pega na mão de qualquer um pra andar...
Com as pessoas da família, que ela é super acostumada, passa horas, mesmo sem eu está, mas não deixa de me chamar mesmo assim.

Há quem critique, que diga que isso não é saudável pra mim, nem pra ela. Que eu preciso de tempo pra mim, pra me cuidar, pra sair com maridão, pra fazer uma outra lua de mel e blá, blá, blá...

Dizem até que eu estou errada..
Mas só pode ser brincadeira, não é?!
Errada estou eu por fortalecer dia após dia a relação mãe-filha?
Errada estou eu por fazer com que a minha filha se sinta segura ao meu lado?
Errada estou eu por querer está perto da minha filha e poder transmiti-la os valores que aprendi?
Errada sou eu por abrir mão da vida de solteira pra assumir a escolha que eu fiz de casar e, principalmente de ser MÃE?

Os valores mudaram.. mas eu não mudo não...
Prefiro continuar assim!
Não saio sem a minha filha se não for necessário.
Obvio que quando vou ao médico, não a levo e ela fica com a Néia tranquilamente.
Mas se não tiver necessidade de ficarmos longe uma da outra, não fico não e pronto....

Não irei jamais atribuir à ninguém a tarefa de cuidar e educar a minha filha.
Ela não foi um acidente de percurso, não foi fruto de uma noite de loucura, de um ato impensado..
Iasmim nada mais é do que a realização de 28 anos de sonho...
É fruto de um casamento estável.. é parte de uma família que esperou demais por ela...

Cada pulsar do meu coração será por ela..
e todos os ruídos que meus ouvidos ouvirem, é esperando a palavra Mamãe ser pronunciada...

Eu te amo, minha Boneca!!!