domingo, 12 de junho de 2011

Prometo!!!

Hoje é um dia triste pra mim.
Apesar de ser o dia dos namorados, uma data romântica e tal, é um dos piores dias do ano!
Foi exatamente no dia que enfatizam-se os enamorados, que eu perdi a minha amada mãe.

Há sete anos não sei o que é abraçar, deitar no colo, conversar, cheirar, ou ter qualquer contato físico com a minha mãe...
Há sete anos que tenho que acordar e apenas lembrar...

Nos outros anos, eu tomava remédio pra dormir, me afundava em fotos, músicas, cartinhas, ou seja, em tudo que trouxesse a minha mãe de volta pra mim...
As lembranças ficavam doloridas e a semana inteira era muito massacrante pra mim.

Esse ano a coisa mudou um pouco...

SEMPRE antes de tomar qualquer decisão ou atitude, me ponho na situação dos outros, inverto os papéis para saber como proceder. Na minha opinião, agindo assim, corro menos o risco de magoar os outros.
E esse ano pensei assim:
"Quando eu morrer, como quero que a Iasmim proceda? Será que eu ficaria em paz se a visse tomando remédios, chorando, se entregando ao desespero? Como ficaria o meu coração se a visse debruçada no meu tumulo por uma semana inteira?"
E, imediatamente, me bateu uma tristeza e as respostas às minhas indagações: me sentiria péssima, onde quer que eu estivesse. Não quero jamais vê a minha filha mal, triste, desesperada, insana.
Quando Deus optar por me levar, quero que a Iasmim continue linda, saudável, cheia de vida. Não quero que ela deixe de pensar em mim, ou que me esqueça!
Desejo que ela continue sentindo o meu amor incomensurável por ela, que pratique todos os ensinamentos que eu puder deixá-la, que consquiste todos os objetivos que sonhamos juntas.
Quero que a saudade que ela sinta de mim, a impulsine a seguir, a realizar.
Que ao lembrar de mim, sorrisos lindos brotem da sua face.

E é assim e só assim que de hoje em diante pretendo lembrar da minha mãe.
Não vou prometer que não mais chorarei.
Mas prometo, que em hipótese alguma, me entregarei ao desespero.
Que não deixarei que as lembranças se tornem martírio.
Te prometo, minha Mãe, lembrar da senhora com a mesma felicidade que fazíamos as nossas travessuras, com a mesma magia que tinha o nosso dia a dia, com o mesmo amor que compartilhamos por 22 anos.
Vou levar a diante a sua humildade, sua determinação e buscarei a tua sabedoria...

E onde a Senhora estiver,
receba o meu abraço, o meu beijo e a minha eterna gratidão...

Eu te amo, Mainha....



Eu te agradeço, Iasmim, minha filha, por me ensinar tanta coisa.. Agradeço pela tua chegada que veio devolver alegria ao meu ser!

Um comentário:

  1. Lindo texto, Ju!! Nunca se esquece uma mãe!! Ninguém esquece!! Mas, nenhuma mãe quer ver o filho chorando desesperado! A morte é muito triste. E a faca dela é amolada, corta sempre onde mais dói. Mas, temos que ser mais fortes que ela. E ter saudade de quem já foi, mas tentando não nos deseperar!!
    Sei que é difícil, mas a gente consegue! Porque a gente é forte!!
    Bjos!
    Juliana Almeida
    www.blogdabebel.com.br

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